quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Morte


Hoje vim falar-vos deste tema um bocado constrangedor para alguns de vocês. Mas porquê? Bem sempre quis falar sobre isto, principalmente nos efeitos que ela tem nos vivos, o medo (de morrer ou da maneira que iremos morrer...ou ambos), da pena que suscita nos vivos pela pessoa falecida, mesmo que em vida tenha sido uma pessoa terrível, temos vários exemplos disso, conhecidos da media e conhecidos apenas por nós.
O exemplo de um homem chefe de família, drogadito e que bate na mulher e nos filhos, morre e é um grande homem, realçando sempre as suas (poucas) qualidades em deterimento dos seus podres, o que leva a que os ente-queridos lembrem aos proximos descendentes da família este homem com alguém bom.
Bem isto para mim passa um pouco pelo campo do absurdo, mas a maioria das pessoas é assim porque não conseguem, na sua mentezinha, colocar a morte no lugar em que ela pertence, todas as coisas têm um lugar do qual não deverão sair e com a morte passa-se exactamente isso: a mesma não passa de um acontecimento biológico que se divide em morte clínica, morte cerebral ou paragem cardíaca irreversível. Já diziam os nossos velhinhos, “só há uma coisa de que ninguém se livra”, é verdade sim senhor estes antigos são fantásticos, no entanto, um mecanismo de defesa bastante utilizado pelas pessoas para dar menos importância ao facto de um dia irem esticar o pernil.
Este mecanismo de defesa é, como deverão saber, acreditar na vida depois da morte, suscitado pelo cristianismo, budismo, islamismo, judaísmo, enfim, tudo o que esteja na àrea sócio-económica de sacar algum dinheirito. Mas não culpo os crentes, procurar este mecanismo é parte normal do ser humano, até porque desde o nascimento da nossa espécie que temos religião, desde as primitivas até às mais recentes.
Esta crença de vida depois da morte passa pela morte do corpo do ser humano, seguindo-se a passagem da vida corpórea para a vida espiritual.
Um grande senhor que acreditava nisto era Fernando Pessoa, senão vejam : “Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada.” um pensamento muito bonito sem dúvida, no entanto só é verdadeiramente espectacular se acreditarem mesmo nisso.
Outra frase interessante é de Tagore, um escritor indiano: “A vida revela-se ao mundo como uma alegria. Há alegria no jogo eternamente variado dos seus matizes, na música das suas vozes, na dança dos seus movimentos. A morte não pode ser verdade enquanto não desaparecer a alegria do coração do ser humano.” era bom que fosse assim era, se assim fosse não haveria razão para chorar aqueles que se foram embora não é.

Como diziam os nossos pais, e a mim quando era pequeno, “as pessoas boas que morreram vão para o céu”, no entanto depois convívia com o meu avô que em muitos anos de serviço de paraquedista me garantiu que nunca viu ninguém em cima das nuvens, parece que o adultos querem sempre confundir a mente de uma criancinha, obrigando-a a decidir em que acreditar por si mesmo, eu digo NICE JOB MAX!

Não temam a morte, não a procurem, nem fujam dela:

O homem fraco teme a morte, o desgraçado chama-a; o valente procura-a. Só o sensato a espera.

(Benjamin Franklin)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vai uma sinistralidadezinha?

Este post será curto mas bastante sentido!
Não sei se o que vou dizer é real mas tomemos o seguinte como uma premissa verdadeira: África do Sul e Inglaterra são dos países com menor sinistralidade rodoviária.
E porquê? Bem, o volante é do lado direito...se baterem de frente com outro carro, estão longe da zona de embate...e, como tal, mais longe da morte...e como tal, vivem mais tempo...que quer dizer que não aumentam a sinistralidade rodoviária em número de mortos...

Apenas aqui vim para exprimir este meu querer, mas querido, que quis demonstrar à sociedade x)